Por Patrícia Leite
Há 27 anos, a Organização Mundial de
Saúde retirou o homossexualismo de seu rol de distúrbios mentais.
Até 17 de maio de 1990, a medicina
“classificava” o homossexualismo como doença. E nas ruas a
intolerância e a rejeição as pessoas que se relacionavam
sexualmente com pessoas do mesmo sexo eram mais do que
preconceituosas eram cruéis.
Os poucos que ousavam assumir sua
preferência sexual eram apontados e xingados. Era comum os
homossexuais ouvirem ataques verbais em casa e nas ruas como: bicha,
baitola, transviado, pervertido, tarado, anormal, doente. Podemos
passar um dia inteiro enumerando a xingação e não vamos conseguir
listar todos os insultos.
Mas
o pior não era ser achincalhado em
praça pública.
O
pior era ser encaminhado para tratamento.
As
famílias tradicionais internavam seus filhos e parentes para
curar
a “tal enfermidade”
que
os
levavam
a ter
relações sexuais
com pessoas do mesmo sexo.
Na
década de 1980, a
medicina
ainda
diagnosticava
os
homossexuais
como
pacientes
com distúrbios.
E
os tratamentos eram feitos por meio de hipnose
e
choques
elétricos. Não
raro os
homens eram castrados ou eram
submetidos
a cirurgias
de lobotomia e
desta forma ficavam
alheios a tudo. Esse
último procedimento,
como
devem
saber,
leva
o paciente a um estado de baixa reação emocional, a um estado de
indiferença total.
Tudo
isso parece filme de ficção com
baixo orçamento,
não é mesmo? Mais não é!
Ignorância
e preconceito –
um binômio perigoso
que
tem promovido
a
intolerância.
Tudo
indica que a Homofobia
é o novo filme. Dessa
vez, de suspense e terror com
cenas
urbanas
que desumanizam
e negam
a dignidade. Para
dizer o mínimo, um filme sobre violação
aos direitos humanos que
normalmente tem cenas de espancamento e morte.
17
de maio foi declarado o Dia Internacional de Combate à Homofobia.
Mas
enquanto houver aversão a diversidade
e intolerância...O
mocinho e a mocinha vão
morrer
no
final.
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