sexta-feira, 30 de junho de 2017

CODINOME COLIBRI

Por Patrícia Leite





Uma série de execuções políticas fora da instância jurídica oficial da Alemanha –, foi comandada por Adolf Hitler, em 30 de junho de 1934 e ficou batizada como a Noite das Facas Longas ou Noite dos Longos Punhais.

A expressão foi inspirada em um verso de uma canção da SA em que o tema principal é a realização desse massacre.

O extermínio de 30 de junho foi um divisor de águas no governo da Alemanha e transformou Hitler em: "o juiz supremo do povo alemão", como ele mesmo declarou em seu discurso no Reichstag, em 13 de julho de 1934.

Durante as articulações da chacina da Noite das Facas Longas a operação recebeu o codinome "colibri", escolhido aleatoriamente, mas que se tornou a palavra-chave para iniciar a operação.Uma expressão doce para esconder a elaboração de uma de ação bárbara.

Muitas lideranças mortas pertenciam a organização paramilitar conhecida como os "camisas pardas". Os alvos da chacina foram os membros da facção liderada por Gregor Strasser. Entre as vítimas estavam o próprio Gregor e antinazistas conservadores como o ex-chanceler Kurt von Schleicher e Gustav Ritter von Kahr.

Adolf  Hitler se revoltou contra o líder da SA, Ernst Röhm. Além de temer a independência daquela facção com mais de três milhões de integrantes, Hitler não aceitava o apoio que Röhm oferecia à ideia de uma "segunda revolução" para redistribuir a riqueza na sociedade alemã.

Sob diversos aspectos os interesses de Röhm chocavam-se com os do Reichswehr, em especial os do marechal Paul von Hindenburg, na época, presidente da Alemanha.

Röhm, a quem acusavam de ter aspirações de derrubar o regime nazista, vinha instigando uma revolta no povo alemão, para forçar a queda de Adolf Hitler.

Com isso, Hitler, então chanceler da Alemanha nomeado por Hindenburg, decidiu não entrar em choque com o poder político dos militares. Ao invés disso, eliminou autoridades máximas da SA, assim como todos os inimigos políticos.


Ao menos 85 pessoas morreram e milhares de opositores políticos foram presos. A maioria das mortes foi causada pela SS um grupo de elite especial nazista, e pela Gestapo a polícia secreta alemã.

Exibido na Rádio Nacional: http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2017-06/historia-hoje-massacre-que-transformou-hitler-em-juiz-supremo-completa-83-anos





quarta-feira, 28 de junho de 2017

ALPHORRIA SOCIAL

Por Patrícia Leite





“O homem nasce livre, mas por toda parte encontra-se acorrentado” 



Mais de trezentos anos depois que esta frase abriu a obra O Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau, antropólogos, sociólogos, filósofos e estudiosos das mais diversas áreas ainda buscam respostas. Até que
ponto o pensamento rousseauniano ainda é relevante?


Em Genebra – Suíça, no dia 28 de junho de 1712, nascia Jean-Jacques Rousseau, um dos principais filósofos do iluminismo. O Século das Luzes – como também ficou conhecido esse período –, foi um movimento
cultural marcado pelo conhecimento da natureza; com o objetivo de torná-la útil ao homem progressista.


Rousseau acreditava que as instituições educativas tinham o poder de corromper o homem e tomar-lhe a liberdade. Na sua investigação da dimensão essencial para a criação de um novo homem e consequentemente
de uma nova sociedade, concluiu que seria preciso educar a criança de acordo com a natureza, desenvolvendo progressivamente os sentidos e a razão para em primeira estância libertá-la e em um segundo estágio para promover sua capacidade de julgar.


Rousseau foi também precursor do romantismo – um movimento posterior ao período iluminista, que tomou forma no fim do século dezoito. Nessa fase o espírito romântico passou a designar toda uma mentalidade de
mundo voltado para o indivíduo.


Dessa forma, românticos mergulharam cada vez mais em si mesmos e passaram a retratar o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos. Assim o pensamento filosófico de Rousseau passeou da liberdade e
capacidade de julgar a arte de sonhar.


Em sua fase romântica, deu vazão a inspiração baseada na fé, intuição, saudade, paixão... Trazendo o indivíduo para o centro das questões.


Rousseau morreu em 2 de Julho de 1778. Mas a soma das fases iluminista e romântica do pensamento de Rousseau desempenhou papel fundamental na promoção dos direitos humanos e teve reflexos nos documentos do século vinte; como a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Exibido na Rádio Nacional: http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2017-06/historia-hoje-ha-305-anos-nascia-o-filosofo-rousseau


segunda-feira, 26 de junho de 2017

O INVISÍVEL PARALISANTE

Por Patrícia Leite




Em 23 de junho de 1995, morre em La Jolla, San Diego [Califórnia] Jonas Edward Salk – médico, virologista e epidemiologista que criou a primeira vacina contra paralisia infantil.

Poliomelite ou pólio é a forma convencional com que a doença é tratada pela comunidade científica. Mas ficou popularmente conhecida como paralisia infantil – o vírus é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente pelas fezes ou pela boca e que causa severos danos à saúde.

As sequelas da doença vão desde problemas respiratórios crônicos à paralisia dos membros, principalmente das pernas. Nos casos mais graves – onde ocorre a paralisia de nervos musculares ligados à respiração e ao ato de engolir –, há risco de morte.


Por volta de 1910, o mundo experimentou um aumento de casos de poliomielite e os surtos deixaram milhares de crianças e adultos paralíticos. Os americanos enfrentaram seu pior momento em 1952 – dos quase 58 mil casos notificados, na época, 3.145 morreram e 21.269 ficaram com algum tipo de paralisia. A maioria das vítimas foram as crianças.

Esse caos incentivou a pesquisa e uma corrida para que fosse desenvolvida uma vacina o mais rápido possível. As epidemias anuais devastavam o país cada vez mais, principalmente no verão. E foi nesse cenário que Salk se debruçou sobre a pesquisa horas a fio até encontrar uma solução. Mas a vacina só começou a ser administrada em 1955.

Com o passar dos anos, o resultado de seu trabalho ficou conhecido como a vacina Salk. Outros pesquisadores trabalharam no aprimoramento da vacina. Foi o caso, por exemplo, do polonês Albert Sabin, que em 1957 colocou à disposição uma nova vacina no mercado.

Graças as doses da vacina criada por Sabin o Brasil está livre da Pólio há mais de 20 anos. O último caso registrado no país foi na Paraíba, em 1989. Mas ainda não podemos comemorar. Paquistão e Afeganistão ainda têm casos de transmissão do vírus. E enquanto houver circulação do vírus no mundo, a vacinação é necessária para evitar novas epidemias.


Exibido na Rádio Nacional: http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2017-06/historia-hoje-ha-22-anos-morria-o-criador-da-primeira-vacina-contra-paralisia

quarta-feira, 21 de junho de 2017

UM BOÊMIO DAS LETRAS

Por Patrícia Leite




Em 21 de junho de 1839, nasce no morro do livramento – Rio de Janeiro –, Joaquim Maria Machado de Assis uma das maiores expressões literárias do Brasil.

Ele nunca foi para universidade, mal frequentou a escola. Mas, embora com pouco estudo formal, foi um gênio que testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império. E foi com maestria que relatou, por meio de seus textos, os eventos políticos e sociais da época.

Boêmio e apaixonado pelo ambiente da corte Machado de Assis percebeu cedo que podia subir socialmente, caso demonstrasse algum diferencial entre os intelectuais. Para tanto, não mediu esforços e se dedicou a escrever praticamente todos os gêneros literários: poesia, romance, cronicas, contos. E rapidamente virou dramaturgo, crítico literário, contista e jornalista. Seu trabalho foi o trampolim para uma mudança total de vida e de status.

E foi assim que o filho da lavadeira Maria Leopoldina da Câmara Machado e do pintor de paredes Francisco José de Assis deixou de ser apenas o Joaquim Maria para ficar conhecido como Machado de Assis; o fundador da Academia Brasileira de Letras e o primeiro presidente da Academia. Eleito, diga-se de passagem, por unanimidade.

Sua extensa obra soma nove romances e peças teatrais, duzentos contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de seiscentas crônicas. Todo esse arsenal foi e é fundamental para a compreensão das escolas literárias brasileiras dos séculos dezenove e vinte e influenciou outros grandes autores como: Olavo Bilac, Lima Barreto, Drummond de Andrade...

Os biógrafos afirmam que, no Brasil, Machado de Assis alcançou em vida fama e prestígio. Mas o reconhecimento no exterior veio somente mais tarde. Contudo, apesar de um reconhecimento póstumo, o arrojo e a inovação de sua obra têm alcançado dada vez mais a admiração de estudiosos e críticos do mundo inteiro.

O escritor brasileiro Machado de Assis é considerado o pai do Realismo no Brasil. E atualmente figura na galeria dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.

Machado de Assis morreu em 29 de setembro de 1908. Mas sua obra continua viva, inspirando e influenciando novas gerações de intérpretes do Brasil.

Exibido na Rádio Nacional: http://radioagencianacional.ebc.com.br/cultura/audio/2017-06/historia-hoje-ha-178-anos-nascia-o-escritor-machado-de-assis



segunda-feira, 19 de junho de 2017

PRÍNCIPE DA REDENÇÃO

Por Patrícia Leite





Em 16 de junho de 1927, nasce em João Pessoa – Paraíba, Ariano Vilar Suassuna – o pai do “Movimento Armorial”.

O filho de Rita de Cássia Vilar Suassuna e de João Suassuna nasceu no Palácio da Redenção, porque o pai, na época, era presidente da Paraíba – um cargo que foi extinto na Constituição de 1937 e que atualmente é ocupado pelo governador do estado.

Um ano depois do nascimento de Ariano Suassuna, o pai deixou o governo e se mudou com a família para o Sertão. E foi na fazenda Acauã que o amor pela cultura nordestina começou a tomar forma e esculpir na alma de Ariano o que viria a ser a pedra fundamental para o “Movimento Armorial”– uma atividade cultural que desabrochou, em 1970, em Recife, com a missão de desenvolver formas e expressões populares tradicionais nordestinas.

Ariano foi muitas coisas. Dramaturgo, poeta, romancista. Formado em Direito foi também professor. Foi ainda secretário de Cultura de Pernambuco, membro da Academia Paraibana de Letras e membro da Academia Pernambucana de Letras.

Ariano Suassuna também se dedicou a prosa de ficção. Foi ensaísta e autor de obras importantes que deram força e forma ao Movimento Armorial e inspiraram outras formas de expressão e arte como: o Auto da Compadecida, O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta.

Engraçado, simpático e irreverente transformou a “improvisação” em sua marca registrada na produção teatral. Na construção também se meteu. Em São José do Belmonte, onde ocorre a cavalgada inspirada no Romance d’A Pedra do Reino, construiu um santuário ao ar livre, com 16 esculturas de pedra, cada uma com três metro e meio de altura, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano.

Ariano Suassuna fez de tudo um pouco e tudo que fez, fez muito bem-feito. Mas o que Ariano mais fez foi defender a cultura do nordeste brasileiro.

Ariano Suassuna morreu em Recife – Pernambuco, em 23 de julho de 2014.

Exibido na Rádio Nacional: http://radioagencianacional.ebc.com.br/cultura/audio/2017-06/historia-hoje-ha-90-anos-nascia-o-escritor-e-dramaturgo-ariano-suassuna

GOTAS

Por Patrícia Leite


Por definição doar é presentear, oferecer, brindar. E quando o assunto envolve brindes e presentes logo lembramos de festa, de celebração... De vida.

Podemos doar tudo que o dinheiro pode comprar: alimentos, agasalhos, cobertores... E assim ver brotar, no rosto de quem recebe os presentes, um genuíno sorriso que faz com que qualquer sacrifício valha a pena.

Mas quando a doação é anônima, para alguém que jamais saberemos quem é e que não é comprada em shoppings, lojas, feiras... A coisa toda muda um pouco de figura.

Quando o assunto é doar algo que sabemos que somos a única fonte do produto... A doação se torna algo extremamente singular. Nos damos conta da importância do gesto e de repente recai sobre nossos ombros uma especial de responsabilidade.

Medo de agulha, ficar horas preciosas fora dos seus afazeres diários não impedem que diariamente pessoas em todo o mundo arregacem as mangas, estendam os braços para ganhar uma espetada e deixar correr para dentro de um saquinho o precioso liquido vermelho.

Em cada doação, são coletados aproximadamente 450 mililitros de sangue e cada voluntário tem a consciência de que a doação é um ato solidário e vital. Não é à toa que foram criados slogans como: “Doe sangue doe vida”.

Doar sangue salva vidas!!

Em 2004, para homenagear e agradecer a todos os doadores que ajudam a salvar vidas todos os dias, a OMS Organização Mundial de Saúde –, instituiu o dia 14 de Junho como o Dia Mundial do Doador de Sangue.

A data comemorativa é uma possibilidade para enfatizar mais uma vez porquê é essencial a doação regular. Este é um dia de agradecimento. Mas é também uma motivação para que cada vez mais os novos e eventuais doadores se convertam em doadores permanentes.

Desta forma, é possível garantir a provisão de estoque para todos que vierem um dia a precisar de transfusões.

Exibido na Rádio Nacional: http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2017-06/historia-hoje-dia-mundial-do-doador-de-sangue-foi-instituido-pela-oms-em-2004

quarta-feira, 7 de junho de 2017

LINHAS DO LIMITE

Por Patrícia Leite



Em 7 de junho de 1494, uma linha imaginária – em um meridiano a trezentos e setenta léguas a oeste da ilha de Santo Antão, no arquipélago de Cabo Verde –, determinava que as terras à sua esquerda e portanto a leste seriam dos espanhóis e à sua direita, a oeste, seria de Portugal.

Cristóvão Colombo mal tinha posto os pés em terra firme e a corte espanhola já começou a se preocupar em proteger legalmente as terras descobertas na América.

No final do século XV, Portugal e Espanha eram grandes potências militares e econômicas e, para evitar conflitos, firmaram um tratado que contemplava o interesse dos dois reinos no caso da nova terra descoberta e das terras que futuramente viessem a ser encontradas fora da Europa.

O acordo também definia como seria a exploração e a colonização desses territórios. O Brasil estava nesse “pacote”.

O documento foi assinado na cidade espanhola de Tordesilhas. E, por essa razão, ficou conhecido como Tratado de Tordesilhas.

Os originais de cada idioma podem ser encontrados no Arquivo Geral das Índias, na Espanha, e no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal.

O Tratado de Tordesilhas deixou de vigorar em 1750, com a assinatura do Tratado de Madri – onde as coroas portuguesa e espanhola estabeleceram novos limites de divisão territorial para suas colônias na América do Sul.

Exibido na Rádio Nacional: http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2017-06/historia-hoje-tratado-de-tordesilhas-era-assinado-ha-523-anos


segunda-feira, 5 de junho de 2017

ALTO PREÇO

Por Patrícia Leite

Há 45 anos, foi criado o Dia Mundial do Meio Ambiente





Crescemos escutando que a água era um recurso inesgotável. Hoje, sabemos que não. E o que é pior... Descobrimos a duras penas.

Usamos a água e outros recursos naturais sem consciência. Agora, vivemos tempos de racionamento, reflorestamento, reaproveitamento... 

E reciclar, replantar, recuperar passaram a ser palavras de ordem. O planeta tem pressa.

O meio ambiente passou a ser o centro de várias discussões. E mesmo sendo um tema tão recorrente nem todo mundo compreende a necessidade de mudar velhos hábitos..

Lembro-me dos tempos de fartura... Casas construídas em cima de árvores... Tábuas e rodinhas que viravam carrinhos de rolimã... Brincadeiras regadas a água... Muita água.

Hoje, adeus aos banhos de mangueira da meninada e aos carros lavados nas calçadas. Os jardins e as árvores deram lugar aos prédios.

E o asfalto recobriu a terra. E o rio virou deserto... E a selva virou pedra...

A preservação dos recursos naturais é assunto recorrente em todos os encontros mundias que debatem a questão. Mas as soluções são lentas... E os recursos naturais ofegam...Alguns não resistem... Falecem.

Os rios, córregos e lagos morrem todos os dias contaminados, assoreados... Abandonados a própria sorte. Indústrias só preservam os lucros imediatos e não pensam soluções. Sim, estamos vivendo uma das maiores crises hídricas já oficialmente registrada.

O lixo eletrônico vem contaminando o solo e o lençóis freáticos. As florestas clandestinamente derrubadas, a biodiversidade pirateada e mal utilizada. O fato é: A humanidade precisa aprender a viver em harmonia com a natureza. Governantes e população devem se unir para que os impactos negativos acumulados até hoje sejam revertidos.

Se nada for feito, o consumo exagerado dos recursos e a perda constante de biodiversidade poderão promover o desaparecimento de várias espécies e pode comprometer, inclusive, nossa sobrevivência.

Veiculado na Rádio Nacional: http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2017-06/historia-hoje-dia-mundial-do-meio-ambiente-foi-instituido-pela-onu-em-1972

sexta-feira, 2 de junho de 2017

CAIXA DE SONHOS

Por Patrícia Leite






Há 121 anos, Guglielmo Marconi deu os primeiros passos em direção ao que viria a ser o primeiro veículo eletrônico de comunicação de massa: O RÁDIO.

As transmissões de seu invento passaram a entrar em nossas casas trazendo informação e entretenimento... E foi além... Alimentou sonhos, transformou mentes e aproximou pessoas. O rádio deu o pontapé inicial para a formação da identidade nacional.

Inteligente, rico e apaixonado pelo mar o italiano Guglielmo Marconi cresceu imaginando como poderia vir a ser feita a comunicação entre navios ou entre os homens que estavam embarcados e as pessoas que ficaram em terra.

O fato é que esta inquietação o perseguiu por toda vida e fez com que Marconi abandonasse a Universidade de Griffone, para se dedicar as suas investigações.

Em 2 de junho de 1896, ele registou a patente de um sistema de comunicações sem fio. Tempos depois, usou seu invento para para receber e transmitir sinais em código Morse. Nascia ali o protótipo do Rádio que conhecemos hoje. E este feito o tornou conhecido no mundo inteiro. Guglielmo virou uma personalidade. Em países de língua portuguesa passou a ser chamado de Guilherme Marconi.

Marconi tinha apenas vinte anos, quando transformou o celeiro da própria casa em laboratório e estudou os princípios elementares de uma transmissão radiotelegráfica.

Não demorou muito o jovem inventor comprou um navio de 61 metros, chamado "Elettra" e partiu para a sua primeira viagem. O navio todo equipado para ser seu laboratório de estudos de ondas curtas era também seu lar.

Guilherme Marconi é considerado o descobridor da telegrafia sem fios. Embora não tenha sido o inventor de nenhum dispositivo em particular, soube como usar outros inventos para dar vida a comunicação a distância na forma da radiotelegrafia e radiotelefonia.

E foi assim, devido às suas descobertas no campo da transmissão e recepção de sinais sem fios, que Marconi selou seu nome no caminho da comunicação de massa. Em todo o mundo seu nome ficou vinculado a invenção do rádio. Em reconhecimento ao seu trabalho Guilherme Marconi recebeu em 1909 o Nobel de Física.

Para uma grande ala de pesquisadores da comunicação, Guilherme Marconi é o verdadeiro inventor do rádio. Antes dele ninguém havia usado as ondas hertzianas de forma rotineira e prática na comunicação.

Exibido na rádio Nacional: http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2017-06/historia-hoje-patente-de-um-sistema-de-comunicacoes-sem-fio-foi-registrada-em