Por Patrícia Leite
“Não
me
toque
seu
leproso!!
Leve suas feridas fétidas para longe mim!
Alguém
tire
esse nojento daqui!!”
Quanto
mais distantes os doentes estivessem melhor. Assim sendo, leprosários
foram construídos em muitos lugares... Sempre o mais afastado
possível das cidades.
Sem
tratamento e sem perspectivas de cura esses lugares eram verdadeiros
cárceres, onde os doentes estavam sentenciados a pena de morte.
Bacilo
Mycobacterium
leprae
este
é o nome científico da
doença que
marginalizou centenas de milhares de pessoas. E
foi durante muito tempo incurável, mutiladora e
descriminatória. Na
Idade
Média, na
Europa,
por
exemplo, os
leprosos eram
obrigados a carregar sinos
para
anunciar a sua presença.
Sim...
Há mais ou menos três mil anos, os leprosos eram entregues a
própria sorte e essa foi uma condenação que se arrastou até a
década de 1960, aqui no Brasil, quando foi revogada a lei que
determinava que os portadores de lepra fossem "capturados"
e obrigados a viver em leprosários.
Mas
no dia 26 de maio de 1924, em Curitiba, no Paraná, nasceu um anjo
que sonhou mudar esse quadro grotesco e para isso dedicou a vida a
curar a doença e o seu decorrente estigma social.
Germano
Traple não mediu esforços para lutar contra o mal que ficou
conhecido por muitos nomes: lepra, morfeia, mal de Lázaro, mal de
Hansen e por fim Hanseníase.
Um
espirro, uma tosse... E
a doença viaja pelo ar e vai demorar
de dois a cinco anos para apresentar
os primeiros sintomas. Ninguém
está livre de
pegar a doença.
Ela
passa
de um doente que não está
se tratando
para outro.
Pode
atingir pessoas
de todas as idades
e classes
sociais.
O
Dia
da Conscientização sobre a Hanseníase foi
criado para
marcar a data do nascimento do hansenologista Germano Traple. Em
parte, para lhe render uma homenagem. Mas
principalmente
para
convencer as pessoas sobre a importância de aderir ao tratamento.
Hoje,
a doença tem cura.
Exibido na Rádio Nacional: http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2017-05/historia-hoje-dia-da-conscientizacao-sobre-hanseniase-presta-homenagem-ao-medico
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