Por Patrícia Leite
[12.11.2020]
A alma — encharcada de mar —, verte sal nos suspiros, no suor...
O sangue — agitado pelo êxtase —, geme pelas veias e jorra vida velozmente pelos poros...
São sonhos salobros a transbordar rimas pelos olhos, pelas águas, pelo ar... É uma história além mar [...]
Inspiro...Expiro... Respiro.
E o espírito voa e entorna do alto uma “lágrima” úmida que seca a boca e transborda a carne. Calmaria. Corpo de maré... Maresia... Você e eu somos onda calma depois da ressaca. Tempo bom sem ventania.
Somos brisa... Ventos de prazer. Arrepio. Somos tudo e nada. Somos velas içadas... Somos “rumo(S)em” direção.
De repente, “apalpo” o invisível — o amanhã. E sinto na pele a utopia do horizonte — um lugar em que nunca chego, mas que vou sempre. Persigo.
A vida é mesmo esse estar no improvável, no imprevisível.
Por isso, é preciso navegar: no beijo, no abraço. Porque a tênue linha do encontro, capaz de misturar céu e mar, está em nós. E a linha não tem nó, tem laço.
O mar em nós é liberdade, é cheiro, ventania e calmaria. Estamos a gosto. Satisfação de estar à vontade... Vento forte, presença, empuxo e saudade.
Somos vinho nas taças, brinde suspenso... Estamos fluidos e isso nos basta.
Como sempre, em seus versos, há a leveza no ar...tanto quanto ao mar...simples assim....
ResponderExcluirAmei...
Obrigada, professora Lúcia Cleide pelo carinho de ler e comentar. Bjokas mil.
ExcluirNaveguei para bem longe neste seu texto.. muito bom....os seres ligados ao mar como nós agradecem...
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